segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

vai-te embora frio


não gosto do frio, menos ainda de neve.
os meus desportos sempre foram de primavera e verão.
nem nunca fui à Serra da Estrela nem tenho curiosidade.

é por isso que me apetece chegar a janela e gritar: «vai-te embora frio!»

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

ao telefone com... (dois)


- sabes que o Jorge vai casar com o Paulo? só está á espera que a nova lei seja aprovada.
- não, nem sabia que eles queriam casar.
- querem porque virou moda.
- achas?
- claro.
- és contra?
- não. mas estes gajos e gajas não sabem fazer nada sem folclore.
- isso é normal, pelo menos para um latino-americano. nós não devemos ter medo de expressar a alegria.
- conversa...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

verdades-mentirosas (dois)


«o mundo farta-se de girar ao contrário, pelo menos para mim...»
era este o lamento de uma pequena que atraía o dispensável, sempre que podia, talvez por gostar de fazer o papel de coitadinha.
não valeu de nada eu dizer-lhe que o mundo avança sempre, nós é que nem sempre reparamos, ou não queremos reparar.
eu sabia que havia pessoas que fugiam dos dias felizes a sete pés, não sei porquê.

sábado, 2 de janeiro de 2010

verdades-mentirosas (um)


durante a passagem de ano, curtida com vários amigos numa casa de férias no litoral, um garota mais provocadora, disse que os homens que nunca falam deles são sempre casados.
olhei para o espelho invisível e senti logo que raramente falava de e sobre mim, e nunca tinha assinado contrato no clube dos casados. Claro que a provocação não era para mim, mas para um trintão mais contador de histórias.

Eu sabia que as frases feitas são sempre perigosas, o que não invalida que exista sempre quem goste de abusar delas, como se fossem música...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

amo as minhas raízes


amo as minhas raizes. gosto do tango, adoro futebol.

sempre achei buenos aires mais parecida com lisboa que com madrid, por exemplo.
sei que a língua é diferente, mas as pessoas e a paisagem, são mais desordenadas, mais abertas que a "arrumação" (não era esta a palavra, mas serve) espanhola.

os anos passam e a nostalgia vai aumentando. provavelmente quando for mais velho, vou chorar quando falar do lugar onde nasci...